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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

(18)E PQ HOJE É DOMINGO:RECORDEMOS O CASO DO POBRE CARLOS!

[TRAZIDO DO FB: JORNAL i (25/10)]

UMA CURIOSIDADE MUITO CURIOSA:O CASO DO INTERNAMENTO COMPULSIVO DO CARLOS: 40 E TAL ANOS E BOM PROFISSIONAL NA ÁREA DA INFORMÁTICA!(até que...)

« (Por Carlos Diogo Santos publicado em 25 Out 2014 - 05:00)


O caso do informático que não estava doente mas ficou meses numa ala psiquiátrica a sedativos e antipsicóticos

Só oito meses depois de ter sido internado é que uma decisão do tribunal, com base numa avaliação de especialistas independentes, veio dar razão a Carlos

A reportagem sobre o informático que no ano passado ficou quase três meses internado na ala psiquiátrica do Hospital Egas Moniz foi publicada na quinta-feira pelo i e revelava que o processo começou com um pedido da família a uma médica do Hospital São Francisco Xavier. Maria Madalena Serra acedeu em fazer uma informação clínica sobre o estado de saúde mental do utente sem o ver, apenas com base na informação de familiares. A psiquiatra sustenta, no entanto, que tais testemunhos são "dignos de credibilidade", sublinhando que um deles é da cunhada que é também médica e que é referida no documento como "colega".

Foi essa informação clínica, de Outubro do ano passado, que serviu de base ao mandado de condução do alegado doente às urgências do São José elaborado pela delegada de saúde Rita Saldanha de Azevedo. Já no hospital de São José, acompanhado por quatro agentes da PSP, Carlos é pela primeira vez visto em todo este processo e é a especialista que o recebe a própria a concluir que "não foi possível evidenciar qualquer aspecto compatível com psicopatologia". Ainda assim, Anabela A. Barbosa decide dar continuidade ao internamento compulsivo e enviar o doente para o Hospital Egas Moniz onde esteve 71 dias medicado com antipsicóticos injectáveis e sedativos.

Só em Junho, oito meses depois do internamento, Carlos consegue que a sua versão seja dada como verdadeira. Os resultados da avaliação externa feita por determinação do tribunal, após pedido da sua defesa, eram claros: Carlos não estava doente.

REACÇÕES 

Ainda que o director clínico do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, José Salgado, não possa falar do caso em concreto por se tratar de um internamento que aconteceu no Egas Moniz - exterior a este Centro - o responsável falou em abstracto deste tipo de situações e afirmou não ser normal um internamento sem ver o doente. Ao i José Salgado reforçou: "Não é mesmo de todo habitual a condução ao hospital sem ver o doente" e admitiu que tendo em conta os contornos deste internamento, em causa pode estar, em tese, "um erro clínico ou de um erro ético."

José Salgado é no entanto o responsável pelas urgências psiquiátricas no Hospital de São José onde o utente deu entrada, mas sobre a avaliação feita naquele hospital pela médica Anabela A.

(...)»

NB:SAIBA NOVOS DESENVOLVIMENTOS DESTE CASO, NO POSTE-ZERO E/OU NOS COMENTÁRIOS DESTE POST!

6 comentários:

  1. EM DESTAQUE: RETIRADO DP TEXTO DO POST (Jornal i)

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  2. SEGUEM-SE OUTROS TEXTOS SAÍDOS NOUTROS ÓRGÃOS DA CS

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  3. [TRAZIDO DO FB:NOTÍCIAS AO MINUTO (23/out)]

    «A história é a de um homem de 41 anos que foi internado na ala psiquiátrica de um hospital em Lisboa. Os seus pais achavam que passava demasiado tempo em frente ao computador. Carlos era informático, fazia jogos para grandes empresas europeias.

    Durante quase três meses, os seus argumentos e explicações apenas serviram para deteriorar o seu diagnóstico inicial. Sofria, depois de os pais do paciente terem pedido uma ‘credencial’ para interná-lo a uma psicóloga do Serviço Nacional de Saúde, de uma “patologia delirante”.

    "Uma das características da sua psicopatologia é não ter noção do seu problema. Precisa ficar aqui para se tratar”, diziam-lhe.»

    (...)

    «A história começou no dia 11 de outubro de 2013. Sem ser visto, com base apenas em relatos, na ficha médica de Carlos lia-se que sofria de uma “patologia delirante em grande tempo de evolução sem qualquer tipo de tratamento”, razão que justificou que uma delegada de Saúde emitisse um mandado para condução urgente ao hospital.»

    (...)

    «Confrontado com uma realidade que não aceitava, muito menos percebia, Carlos tentou a via judicial. O seu advogado oficial tentou um processo de habeas corpus. A sua libertação imediata foi indeferida.

    (...)

    Ao fim de meses de medicação, Carlos ficou com sequelas. Sofre de depressão e é acompanhado num hospital da sua área de residência para minimizar os estragos de um diagnóstico ‘certo’, mas que não era o seu »

    NB:PODERÁ LER ESTE TEXTO NA INTEGRA NO POSTE-ZERO DE NOV/14

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  4. [TRAZIDO DO FB:JORNAL PÚBLICO (5/11)]]


    «Carlos Rodrigues processa médicos que o internaram à força e o deram como louco

    (CATARINA GOMES 05/11/2014 - 08:03)

    O advogado diz que a informação clínica que fundamentou o seu internamento foi sendo “intencionalmente ocultada durante seis meses pelo hospital". Familiares defendem que Carlos precisa de ajuda médica. Hospital considera que o seu diagnóstico foi validado por pelo menos sete médicos psiquiatras.

    (...)

    “É raríssimo o médico que tenha coragem de pôr em causa um diagnóstico anterior”

    Carlos Rodrigues, programador informático que foi internado compulsivamente durante 71 dias ao abrigo da Lei de Saúde Mental, decidiu processar cinco dos médicos que intervieram em várias fases do seu processo clínico. A primeira queixa-crime deu entrada no Tribunal de Oeiras a 22 de Setembro. Esta não é a primeira vez que pessoas internadas compulsivamente contestam em tribunal este tipo de decisões. Os familiares, que accionaram o internamento, defendem que Carlos sofre de “perturbação delirante” e que não se quer tratar.

    Carlos Rodrigues, de 42 anos, diz que nunca tinha ido a um psiquiatra na vida, que nunca tinha tomado qualquer medicação psiquiátrica e que, no entanto, a 13 de Outubro do ano passado, bateram-lhe à porta quatro agentes da PSP para o conduzirem ao hospital. Traziam um mandado de condução. Dizia-se era “portador de anomalia psíquica”, que o seu estado de saúde se tinha “deteriorado”, que representava perigo e se recusava a ser tratado.

    Acabou por ficar internado 71 dias no Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital Egas Moniz, em Lisboa, foi medicado com antipsicóticos injectáveis. Diz que ficou com "a vida profissional arruinada", que ficou com uma depressão por causa do internamento e da medicação e que o estigma da sua suposta loucura ficará para sempre como uma marca.

    A Lei de Saúde Mental prevê, desde 1998, que o internamento compulsivo de doentes mentais se faça de acordo com um conjunto de regras que têm de ser validadas pelos tribunais. Desde logo diz que podem requerer o internamento médicos “no exercício das suas funções", "autoridades de Saúde" e o Ministério Público. Diz-se ainda que a medida é de tal forma grave que tem de estar em causa “uma situação de perigo”.

    (...)


    NB:PODERÁ LER ESTE TEXTO NA INTEGRA NO POSTE-ZERO DE NOV/14

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